quinta-feira, 21 de julho de 2011

Escravidão Moderna Pt.3: Mercadoria

"Tudo isso já foi escrito, estou apenas repetindo..."

"À primeira vista, uma mercadoria parece ser uma coisa trivial, de compreensão imediata, Sua análise demonstra que é um objeto demoníaco, rico em sutilezas metafísicas e reticências teológicas"
Karl Marx, O Capital






Neste estreito e escuro espaço onde vive, o escravo acumula as mercadorias, que, segundo as mensagens publicitárias onipresentes, deverão lhe trazer a felicidade e a plenitude.
Mas quanto mais acumula mercadorias, mais se afasta dele, a possibilidade de ter acesso, um dia, à felicidade.

"Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma ?"
Evangelho segundo São Marcos 8,36


A mercadoria, ideológica na essência, priva do seu trabalho quem a produz, e despoja de sua vida, que a consome.
O sistema econômico dominante, Já não é a procura que condiciona a oferta, senão a oferta que determina a procura. É assim como surge, de maneira periódica, novas necessidades consideradas vitais pela imensa maioria da população. Primeiro, foi o rádio, logo o carro, a televisão, o computador e agora o celular.
Todas estas mercadorias, destruídas massivamente num curto lapso de tempo, modifica profundamente as relações humanas. Se serve por um lado para isolar o homem um pouco mais dos seu semelhantes, por outro para difundir as mensagens dominantes do sistema. As coisas que possuímos, acabam nos possuindo.

Leia: Parte 2 - Urbanismo
Parte 4 - Alimentos
1ª Parte - O Inicio

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